sexta-feira, 23 de outubro de 2009

CRIANÇAS NEGRAS USADAS COMO ISCAS DEJACARÉ- TORTURA NA ESCRAVIDÃO

Por Walter Passos, historiador, teólogo e membro da COPATZION (Comunidade Pan-Africanista de Tzion). Pseudônimo: Kefing Foluke. E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
Skype: lindoebano

A história da escravidão precisa ser recontada sem esconder os atos de desumanidade e humilhação que passaram os nossos ancestrais concomitantemente com a resistência impetrada de heroísmo que permitiram a nossa sobrevivência em terras estranhas. Há um esquecimento premeditado das diversas facetas do cotidiano do escravizado, e muitos professores evitam falar das torturas sofridas pelos nossos antepassados, alegando que as nossas crianças já passam por diversos sofrimentos e relembrar fatos de extrema violência perpetrados pelo homem branco cristão escravizador afetará a auto-estima da criança e servirá de chacota em salas de aula. Os educadores estão errados, porque a história não deve e nem pode ser escondida e remodelada conforme os gostos dos acadêmicos que vivem enfeitando a escravidão para suprir a falsa democracia racial. Na história da escravidão ocorreram diversas torturas independentes de gênero e idade. As mais horripilantes se referem às crianças pretas e, na memória dos africanos nos Estados Unidos remete quando foram usadas como iscas para jacarés na Flórida


Logo após a guerra civil americana foram criadas diversas imagens retratando o horror da escravidão como uma afronta ao povo preto, especialmente as lembranças de Iscas feitas com crianças pretas. Nesta imagem ao lado reparem como a imagem da criança é animalesca.
As imagens são temáticas de jacarés. A análise de uma grande coleção de artefatos com imagens de africanos pelos racistas americanos revela vários temas de interesse comum. Um deles é o retrato do povo negro (muitas vezes nu), em especial as crianças, como alimento para os jacarés. Imagens de negros como "iscas de jacaré" pode ser encontrado em gravuras, postais, e mesmo na publicidade de produtos. Alguns modernos itens ainda conectam as pessoas negras aos jacarés famintos.

Abaixo estão expostas algumas imagens que refletem a violência racial e os seus próprios olhos te ajudarão refletir sobre os objetivos humilhantes que serviram para atacar todo um povo afro-diásporico:



Na campanha presidencial dos Estados Unidos no ano passado na convenção nacional do partido republicano um representante da Flórida foi com um chapéu de jacaré relembrando esse massacre do povo preto. Repare os detalhes e tire a sua própria conclusão:

É um chapéu de jacaré, com um boneco semelhante ao candidato presidencial Barack Obama nas mandíbulas.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

NINGUÉM MORRE. DESPERTA-SE DO SONHO DA VIDA.

Difícil essa coisa de morte não é? Estou dizendo isso, porque fiquei sabendo de mais um cidadão de Cristais que suicidou-se.Para quem não sabe Cristais é uma pitoresca cidade aqui do centroeste mineiro com altíssimo indice de suicidio. Não sei das estatísticas oficiais, mas a cada notícia de um suicídio por lá fico estarrecida. E agora, fico sabendo que uma cidadã que nem lá reside mais , ceifou a vida com as próprias mãos. Loucura loucura loucura. Quão grande deve ser o desespero de alguém para olhar em frente e ver a saída. Quão solitário deve ser o momento da tamada de decisão. Quão desesperador também. Quem nunca passou por momentos de extrema opressão e querência de "acabar com tudo isso". Quem nunca se imaginou fora do contexto, pensando que sem sua presença física tudo sairia ou ficaria melhor?
É preciso muita coragem para passar do pensamento à ação.
Mas não seria suicídio também a inércia? O não tomar decisões. Não tomar partido. Não se meter. Não opinar. Não pensar. O não querer tomar as rédeas de sua vida e seguir em frente. Respirar não é viver. Respirar é passivo. Viver é ativo. É difícil. É doloroso. Tem que se ter muita coragem para viver.
Mas muito mais coragem para morrer.
Mas como dizia o poeta Raul Seixas:
VIVER É MORRER. MORRER TODOS OS DIAS PARA TUDO AQUILO QUE LUTAMOS PARA ALCANÇAR E ACUMULAMOS... NINGUÉM MORRE, DESPERTA-SE DO SONHO DA VIDA.
MUITA PAZ MUITA LUZ E MILHÕES DE AFROBEIJOS. MIRIS

terça-feira, 20 de outubro de 2009

UM POUCO DA NOSSA LUTA













Photobucket

Sobre CULTURA AFRO-BRASILEIRA


A despeito de mais de três séculos de escravismo e de inúmeras tentativas de obliteração social e simbólica, a matriz cultural afro-brasileira resistiu ao domínio das elites, influenciando campos tão diversos como a língua, religião, música, dança, culinária e literatura brasileiras. Essa cultura não está hoje segregada na sociedade brasileira: brancos, negros, mestiços assumem esses aportes como parte integrante de sua cultura.

Inicialmente, todas manifestações culturais afro-brasileiras foram desprezadas, desestimuladas e perseguidas porque não eram parte do universo cultural europeu e porque eram produzidas por escravos e seus descendentes. Entretanto, a partir do século XX, as expressões culturais afro-brasileiras começaram a ser gradualmente aceitas, admiradas e celebradas pelas elites brasileiras como expressões artísticas genuinamente nacionais. Nem todas manifestações culturais foram aceitas ao mesmo tempo. O samba foi uma das primeiras expressões da cultura afro-brasileira a ser admirada quando ocupou posição de destaque na música popular.

Posteriormente, o governo da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas desenvolveu políticas de incentivo do nacionalismo nas quais a cultura afro-brasileira encontrou caminhos de aceitação oficial. Por exemplo, os desfiles de escolas de samba ganharam nesta época aprovação governamental através da União Geral das Escolas de Samba do Brasil fundada em 1934.

Outras expressões culturais seguiram o mesmo caminho. A capoeira, que era considerada forma de briga de bandidos e marginais, foi apresentada, em 1953, por mestre Bimba ao presidente Getúlio Vargas que então a chamou de "único esporte verdadeiramente nacional".

Durante a década de 1950, as perseguições às religiões afro-brasileiras diminuíram e a Umbanda passou a ser seguida pela classe média carioca[2]. Na década seguinte, as religiões afro-brasileiras passaram a ser celebradas pela elite intelectual branca.

Em 2003, foi promulgada a lei nº 10.639 que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), passando-se a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluam no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira.

TEXTO DO GRUPO CULTURA AFRO BRASILEIRA

PAZ E LUZ. MIRIS



NÃO SE CONSEGUE AMAR SE NÃO AMAR-SE


Um certo homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente e antes que ela desabrochasse, ele a examinou.
Ele viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou:
"Como pode uma bela flor vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?"
Entristecido por esse pensamento, ele se recusou a regar a rosa e, antes que estivesse pronta para desabrochar, ela morreu.
É assim com muitas pessoas. Dentro de cada alma há uma rosa: as qualidades dadas por Deus e plantadas em nós crescendo em meio aos espinhos de nossas faltas.
Muitos de nós olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos. Nos desesperamos, achando que nada de bom pode vir de nós, e, consequentemente, isso morre.
Nós nunca percebemos nosso potencial. Algumas pessoas não vêem a rosa dentro delas mesmas. Alguém mais deve mostrá-la a elas.
Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas.
Esta é a característica do amor, olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras faltas.
Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajudá-la a perceber que ela pode superar suas aparentes imperfeições.
Se nós mostramos a essas pessoas a rosa, elas superarão seus espinhos.
Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes.

Autor desconhecido
PAZ E MUITA LUZ. AFROBEIJOS MIRIS

VALEU ZUMBI- MAIS UMA CONQUISTA

Ministério Público pode mover ação por preconceito:

Luiz Alberto é o primeiro autor da proposição que se tornou Lei

A Lei nº 12.033, sancionada em 29/09/2009, torna pública condicionada à representação do ofendido, em lugar de privada, a ação para processamento de crime de injúria, quando a ofensa atingir a raça, a cor, a etnia, a religião, a origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. A nova lei é resultado de uma proposição inicialmente apresentada na Câmara dos Deputados pelo Deputado Federal Luiz Alberto (PT/BA).

O Deputado Federal Paulo Rocha (PT/PA) reapresentou a proposição em fevereiro de 1999, que tramitou como PL 36/1999. Na justificativa deste Projeto de Lei, Paulo Rocha registra a importância da mudança no Código Penal: “a presente proposição, que já foi apresentada pelo nobre Deputado Luiz Alberto em 1997, sob o nº 3.540, continua a exigir regulamentação” .

Luiz Alberto também reapresentou a matéria, que tramita como PL 4843/2001. Para o petista baiano, “o importante é que a partir da sanção da lei as pessoas, especialmente as mais pobres, têm um poderoso instrumento a seu favor contra a discriminação”. Luiz Alberto também ressalta que o Projeto de Lei foi uma sugestão do Ministério Público da Bahia.

A mudança no Código Penal amplia o caráter democrático no acesso a justiça em relação a estes crimes de injúria, pois não será mais necessário contratar um advogado para processar criminalmente o ofensor. A pessoa que se sentir ofendida vai poder fazer uma representação ao Ministério Público que, se entender que é cabível, vai se incumbir de promover a ação.

paz e luz. MIRIS

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

UM POQUITO DE POESIA

Duerme Negrito

Mercedes Sosa

Duerme, duerme, negrito
Que tu mama está en el campo, negrito
Duerme, duerme, mobila
Que tu mama está en el campo, mobila
Te va traer codornices
Para ti.
Te va a traer rica fruta
Para ti
Te va a traer carne de cerdo
Para ti.
Te va a traer muchas cosas
Para ti.
Y si el negro no se duerme
Viene el diablo blanco
Y zas le come la patita
Chacapumba, chacapumba, apumba, chacapumba.
Duerme, duerme, negrito
Que tu mama está en el campo,
Negrito
Trabajando
Trabajando duramente, (Trabajando sí)
Trabajando e va de luto, (Trabajando sí)
Trabajando e no le pagan, (Trabajando sí)
Trabajando e va tosiendo, (Trabajando sí)

Para el negrito, chiquitito
Para el negrito si
Trabajando sí, Trabajando sí

Duerme, duerme, negrito
Que tu mama está en el campo
Negrito, negrito, negrito.

VOLTEI

Nossa, não percebi o quanto estive fora. Estou focada no livro, que eu pretendo(ia) terminar até novembro. Não sei se vai dar. Boas coisas aconteceram nesta quinzena sem postagem. Acontecimentos felizes são prenuncios de outros nem tanto. Pessoas queridas se foram, pessoas queridas QUASE se foram, O planeta cada dia respondendo mais aos nossos maus tratos.
E o crack, a besta do apocalipse continua por aí a nos assombrar e a dinamitar nossas familias. Mas como pau de dar em doido que sou, voltei.
Ah! e o curso de relações etnico racial é melhor do que a enconmenda.
AFROBEIJOS. PAZ E LUZ. MIRIS